sexta-feira, 31 de julho de 2009

Abre aspas


Recentes citações infames:



  • "Eu sou assim uma espécie de Madre Teresa de Calcutá, só que na versão diva." proferida por Dominique, participante do America ´s next Top model, ciclo 10.


  • "Que negócio é esse de ficar tacando mola na cabeça dos outros?" proferida por Felipe Massa ao irmão depois de trocar a CTI pelo leito, referindo-se ao piloto Rubens Barrichello; o irmão do Felipe contou à equipe da Tv Globo a mensagem como prova do "bom estado mental" do piloto.


  • "Existe um mundo melhor, mas ele é caríssimo." proferida por contato pessoal via MSN.


  • "Dinheiro não compra felicidade, mas ajuda a sofrer em Paris" proferida pelo mesmo infame acima.


  • "Riqueza, magreza e usar óculos escuro nunca é demais" proferida por um orkut anônimo qualquer.

And the oscar goes to:




  • “A vantagem do sistema de castas é que, se você sabe qual vai ser a profissão do bebê, nada impede que um jornal publique notícias do tipo ‘NASCE ERNST LUBITSCH, DIRETOR DE CINEMA’. No sistema atual você só lê sobre a morte dos gênios, nunca o nascimento, o que dá uma impressão exagerada de declínio da civilização. Mas imagine a alegria de ler a manchete acima pela manhã e poder dizer: ‘Mal posso esperar pra ver os filmes do Lubitsch! Rapaz!’, ou ‘Melissa querida, nasceu o Ernst Lubitsch! Vamos abrir aquele champanhe?’” proferida por Alexandre Soares Silva no seu blog o http://soaressilva.apostos.com/

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Precisa-se de novo vício urgentemente. Aceitamos sugestões

Definitivamente, preciso de outro vício. Porque compulsão alimentar não tá rolando de continuar. No momento, vislumbro o crack como saída mais rápida e compatível com meu nível de dependência, mas acho que,putz, crack não é uma boa idéia, né? Tenho um filho e maridinho (Maridolândia disse que não fabrica mais do meu) muito legal e eles não merecem isso. Na verdade ele já não merece uma gulosa, mas tamos aqui.
O fato é que eu sou artista da Dança, vulgo bailarina, e já tive um filho. Tive uma gravidez semi anoréxica, engordei apenas seis kg e quando saí do hospital tinha apenas um kg a mais em relação ao peso pré-gravidez. Nas duas primeiras semanas estava " a louca" digitando alguns trabalhos de fim de semestre + ensaio monográfico, tanto que meu filho dormia no carrinho do meu lado e eu digitando sem parar e dando mama.Lendo-põe-Theo-no-carrinho, escrevendo-bota-Theo-no-peito. Ao fim dessas duas semanas eu tinha perdido 14 kg. ACOMPANHOU? Ca-tor-ze qui-los! Chamando meu peso pré-gravidez de X, agora eu era X - 13, magra como nunca fui na vida. EU, todos os ossos à mostra, cabelos curtíssimos, olheiras imensas, me sentindo a lady e a Bahia inteira em pânico. Volto pra faculdade e a Bahia + a Universidade Federal da Bahia em pânico. Maridinho desesperado começa a cozinhar e a trazer todas as guloseimas mais desejáveis da Terra: era barra de alpino pra ver filminho, moqueca de lagosta ao molho de agrião apimentado na janta, chocolates finos Ferrero Rocher antes de um beijinho e por aí vai. Depois de nove meses recuperei o X, e o termômetro de saciedade FAIL e a superação da fase oral Fail, enfim, passaram-se dois anos e um mês e hoje sou X+4. Já cheguei a X+6, mas dois meses atrás emagreci e estava X - 1. Entendeu tudo, né? Meu nome em 2009 é Montanha Russa pessoal ou O São João nunca acaba, porque o título dos meus gráficos de I.M.C. insanos é Concerto para sanfona . Mas, a esquizofrenia "é um dom que eu tenho em mim/ tenho sim/não tem desespero não [...] " e a questão é que eu vejo a comida como uma metáfora da minha vida afetivo, financeiro, acadêmico, profissional e socialmente falando. eu posso ser a mais legal, inteligente e correta possível, se não estiver controlando cada segundo há um alto risco de sucumbir a surtos de selvageria, falta de noção e trogloditismo.
Observe que segundo a lei da inércia um corpo tende a continuar a fazer o que ele já faz, então, no caso da comida é a lei da inércia aplicada ao buco maxilo facial (comecei a mastigar e por alguma razão não consigo e nem posso parar); no caso do cabelo o surto é de raspar; no caso financeiro o surto é de comida legal, livro ou vestido em vez de OI, Unimed,Banco do Brasil e condomínio;no caso de reuniões sociais, especialmente familiares, tô lá vestida da forma menos ofensiva possível, a argola do nariz semi-camuflada, as opiniões constrangedoras todas guardadinhas,mantendo o sorrisos e o controle da cota da undesirable socializing. Pra falar a verdade, eu prefiro não falar nada e tentar só sorrir (o que já é um tremendo esforço) mas aí alguém decide me direcionar a palavra e me incluir na conversa... eu respiro, faço meneios de cabeça, pago uma de otária que não se dá bem com as palavras, but, a(s) criatura(s) insistem. Eu saio de perto, tomo outro drink ( penso no clássico " de quantas doses preciso pra todas essas pessoas me parecerem legais ou minimamente aceitáveis?"Será que o coma alcoólico virá antes disso aqui ficar divertido?), evito fumar, fico quieta. Tô na minha né? Aí me chamam novamente. Fodeu. I`m sorry mas terei de ser desagradável.Mas dura pouco. Novamente e ainda é lei da inércia aplicada ao buco maxilo facial (comecei a falar ,e ou não sei mais parar e meu nome é Metralhadora do tyler ou o maxilar é travado e por alguma razão não posso e nem consigo destravar e meu nome é Senso de rejeição do Jack.Fica o sorriso).
Se eu não conseguir minimamente voltar a ser X até o fim do ano, devo cogitar a troca de profissão. Ou vocês são legais comigo e me dão um novo vício (não vale roer unha, pelamordedeus, hein?) ou são mais legais e me sugerem menos exposição e uma nova profissão. Tudo ligado à crítica cultural, crítica de artes, consultoria acadêmica para legitimar pesquisa artística, acompanhamento personalizado de projetos, palestrante com especialidade em história da arte e/ou arte contemporânea, aula de alongamento, dança moderna, ballet, apreciação estética em cinema, artes visuais, performance e dança tá valendo. Como abandonei o curso de Letras e sequer apareci no de Matemática, não posso exercer oficialmente nem o de escritora, revisora de textos, nem o de sei lá, probabilista (como a minha mãe).
P.S.: tive um pequeno insight agora. Talvez o erro seja considerar a relação com a comida como metáfora, quando ela é uma metonímia, ou seja, eu tenho tomado uma parte (a comida e suas implicações) como o todo (a minha vida) e esse grave erro interpretativo acarretou sérias catastrofes até então. Favor rever.