domingo, 9 de maio de 2010

A pedidos do auditório


Formspring é essa maravilhosa nova rede social que não distingue populares dos fracassados em audiência. Ninguém sabe que, a não ser por sutis pistas, quem te segue ou quem os que você segue está seguindo. Eu, bem acostumada a ser só stalker na internet e não o reverso, posto minhas respostas e acredito que talvez três pessoas (estou inclusa nessa conta) devam ler. Para minha surpresa, bastou eu responder uma questãozinha estranha que me apareceram da noite para o dia quase vinte perguntas.Até email eu recebi. Medo.Muitas perguntas falavam de postar a tal resposta da estranha pergunta no blog. Embora meus nomes sejam trocados, a galere já sacou que somos todos a mesma pessoa: eu do formspring, eu do twitter, eu do blog, eu do orkut, eu do facebook. Segue pergunta e resposta aê abaixo:

Acredita no amor? Acredita nele como "força que constrói as coisas", pelo menos?

Então... eu até acredito sim, mas acho que ele tem uma função bem mais restrita do que Força-Que-Constrói. Na verdade, eu acho que o amor não constrói nada, quero dizer, não me parece da natureza dele construir, sabe? O amor tem essa cara de gato castrado gordo, sempre com ar satisfeito embora meio apático. Faz com que queiramos manter as coisas como estão.Se amor tem algum mérito está nesse sentimento de manutenção ou abstenção/negação que ele provoca. Construir definitivamente não é com ele, no máximo ele salva, resgata as coisas que fugiram da estabilidade, devolve-as para vida de gato castrado. Construir requer uma atitude de agressividade.O ódio, a vingança e o ciúme: destes sim é o reino da capacidade de realização.Nada como a sensação de, fucking hell,fim de relacionamento,de se sentir um touro com uma bazuca e se atirar no trabalho (as tias do RH podiam atentar pra isso) ou mudar de país...enfim, assume que não tem nada a perder. Toda pulsão do Amor tem a ver com não-fazer, com tenho-tanto-a-perder (salvo o já especificado antes) A bondade, o AMOR, O chamado altruísta de quando sentimos vontade de ajudar e todos esses sentimentos tons pastel-bebê não nos impulsionam para ação. Falta vigor, falta viagra. Talvez por essa constatação, nunca entendo muito bem o tratamento agudo de não-sexo que as grávidas inspiram nas pessoas.Conceber e parir exigem algum nível de agressividade e raiva como tudo que parte do nada em direção à existência.Olhe os prédios,as pessoas que constroem as coisas, a seleção natural, o sexo, olhe os bebês e me diga: cê acha mesmo que a vida vem do Amor?


2 comentários:

inaenoque, disse...

gostei do blog baby! seguiremos hein!
boa reflexao.
conversaremos sobre.

beijosmil

Mi.arcanjo disse...

boa reflexão...
o engraçado é que ao ler seu post, observei que a era digital nos faz ter identidades tão diferentes e unânimes em diversos momentos...
"eu do formspring, eu do twitter, eu do blog, eu do orkut, eu do facebook." rsrsrsrs

umanjotesegue..
abração